sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Reflexão: Espírito Santo (Pentecostes e seus desdobramentos)

Falemos a verdade em amor. Jesus disse aos seus discípulos aguardarem em Jerusalém, visto que, seriam do alto revestidos de poder. Este é para serem testemunhas dele. Os crentes hoje em dia precisam ir a Jerusalém para ser revestido de poder espiritual? Claro que não! Tampouco os crentes atualmente necessitam aguardar tal revestimento. Isto porque aqueles discípulos estavam numa situação histórica bem diferente da nossa. Eles já eram convertidos, salvos, portanto. Contudo, não tinham recebido o Espírito Santo nos moldes da Nova Aliança. 

O Espírito Santo ainda não tinha sido dado, era preciso Jesus ser glorificado - que compreende a ressurreição e ascensão do Filho de Deus aos céus. Todavia, no dia de Pentecostes cumpriu-se, parcialmente, a profecia de Joel. O Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos. Outros desdobramentos do Pentecostes mostra que o Espírito de fato já veio sobre toda carne, já que alcançou além dos judeus, os samaritanos, gentios e prosélitos.  

O mais formidável no dia de Pentecostes não foi os sinais visíveis e audíveis, mas sim, a democratização do Espírito Santo! Este veio de uma vez por todas, para sempre, habitar nos crentes. Infelizmente isso não tem recebido a atenção devida por parte de uns grupos religiosos. No entanto, está claro que a concessão do dom do Espírito Santo é para todo aquele que se arrepende e crê na pessoa bendita de Cristo Jesus, como Salvador e Senhor. Esta dádiva, isto é, o próprio Espírito Santo é dado no ato de conversão.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Sinais audíveis e visíveis do dia de Pentecostes


Aprecio o ensinamento bíblico sobre a temática. No entanto, não coaduno com algumas interpretações hodiernas. Apesar disto, não me vejo como apologista. Sou um expositor das Escrituras.

Percebo que bastantes versículos são utilizados indevidamente. É aquela velha e tão repetida história do chamado texto sem contexto ou ainda versículo isolado fora do contexto! Alguns dos propaladores, pasme, incorrem no mesmo erro. Triste e dura realidade no cenário religioso. Todavia, nem tudo está perdido.

Consta realmente a promessa do batismo no Espírito Santo nos evangelhos. O próprio Cristo, de acordo com Atos dos Apóstolos, ordenou que os discípulos esperassem em Jerusalém a promessa do Pai. O cumprimento da profecia de Joel, inclusive, deu-se no dia de Pentecostes.

Isto é significativo. Mostra que o evento é histórico, único, por isso irrepetível. Talvez alguns leitores fiquem confusos com essas palavras, mas deixem-me explicar: O evento na cruz do Calvário é histórico, como tal não se repete. Cristo Jesus não pode voltar na cruz e ser crucificado novamente, como se isso fosse possível. Semelhantemente, o mesmo se dá no Pentecostes. Aprouve a Deus derramar o seu Espírito sobre toda a carne naquele dia festivo. E, nas palavras petrinas foi o cumprimento da profecia de Joel. Ora, dessa forma o evento Pentecostal não se repete.

Agora, uns poderão perguntar, como ficam as pessoas após o acontecimento daquele dia memorável? A resposta dada pelo apóstolo quando indagado pelos judeus presentes na cidade não foi para continuar na cidade, tampouco os sugeriu a buscar o batismo espiritual depois de se converterem a Jesus. Antes, afirmou-lhes que deveriam se arrepender e ter fé em Jesus, como resultado receberiam o dom do Espírito Santo.

Não foi ensinada uma etapa posterior à salvação, porém, tornariam habitação do Espírito Santo ao se converterem, pois as condições apresentadas para a outorga do dom do Espírito são as mesmas [da salvação]. Foram agregados na igreja, salvos, portanto, tiveram a primeira experiência com o Espírito Santo de Deus!

Talvez uns leitores queiram que me reporte ao evento pentecostal a fim de explicar os sinais daquele dia. Pois bem. É necessário esclarecer que o sinal nunca é maior do que o evento. Isto porque o sinal aponta para algo superior. O mais extraordinário naquela ocasião não foram os sinais – visíveis e audíveis, mas a democratização do Espírito Santo.

Ocorreu um barulho como de vento veemente – não houve ventania onde os discípulos estavam. Tudo indica que o ruído que chamou a atenção daqueles que estavam em Jerusalém por conta da festa de Pentecostes. Foram vistas línguas repartidas sobre os discípulos – este fenômeno foi observado pelos 120 discípulos, inexiste indício de que foi visto pela multidão. E, o último sinal foi os indubitáveis idiomas humanos falados pelo grupo de seguidores de Jesus. Note bem que foram falados dialetos e idiomas. Línguas reais, inteligíveis.

Destes três sinais pode asseverar mais algumas coisas. Os dois primeiros não mais se repetiram. A alegação que o fogo era símbolo de purificação não procede, pois antecedeu ao derramamento do Espírito. No que tange as línguas inteligíveis houve apenas mais dois registros anos após o evento pentecostal. Sobre o significado desses sinais escreverei noutra ocasião. Aguarde a postagem mui breve.

Repito que o acontecimento mais importante foi a outorga do Espírito Santo aos crentes, de uma vez por todas, para sempre. Sendo que atualmente uns só fixam seus olhos para o fenômeno de línguas. Por isso, é bom que fique claro que as línguas foram idiomas humanos concedidos de maneira miraculosa da parte divina. O milagre não foi na audição da multidão, porém, na fala dos discípulos, visto que, o Espírito concedeu a capacitação de falarem indubitáveis idiomas humanos. A multidão ouviu-os porque de fato estavam sendo falados dialetos e idiomas.

É cristalino que a natureza das línguas em Atos dos Apóstolos é idiomática. Rechaço qualquer tipo de tentativa de deturpação ou negação do fenômeno bíblico. Aqueles que acham que o batismo no Espírito Santo é evidenciado por línguas deverão falar em idiomas humanos de modo sobrenatural, sem estudo prévio, portanto. Caso contrário, estarão desautorizados pela Bíblia a asseverar que são as mesmas línguas.  

Os 120 discípulos que vivenciaram tanto a antiga quanto a nova aliança tiveram que aguardar em Jerusalém. Recebeu a outorga do Espírito Santo, conseguinte o poder espiritual para serem testemunhas de Jesus naquela cidade, na Judeia, Samaria e até os confins da terra. Nós não precisamos nos dirigir a Jerusalém, não é questão geográfica, muito menos esperar pelo derramamento do Espírito. Aliás, Paulo aos romanos diz que o Espírito Santo já foi derramado em nossos corações quando nos convertemos. E, ainda nos ensina que todos os cristãos já foram batizados no Espírito no começo da vida cristã.

Certamente que usufruímos dos efeitos daquele evento genuinamente pentecostal. A partir daquele dia o Espírito Santo veio para ficar para sempre com a Sua igreja.

Mateus 1.18-25

Um acontecimento extraordinário sem dúvida foi à vinda do Filho de Deus ao mundo, conseguinte sua encarnação. A genealogia de Mateus 1.1-17 tem a intenção explícita de apresentar os direitos de Jesus Cristo ao trono de Davi.

Basta lembrar que durante 400 anos houve um silêncio de Deus. Nenhuma anunciação profética nesse período. O que certamente aumentou a expectativa geral pelo Salvador!

O evangelho relaciona Jesus com as promessas messiânicas apresentando-o como filho de Davi, filho de Abraão - conforme árvore genealógica. Além disto, não é a toa que recebeu esse nome, pois Jesus significa “Iavé é a salvação”. E o título Cristo significando “Ungido” é equivalente a Messias

Relata a entrada do Salvador no mundo. Diz que José está desposado com Maria. Sendo que esta se encontrou grávida. Por isso, pensou em deixa-la em segredo, mas era homem justo. Contudo, o fruto do ventre de Maria era proveniente do Espírito Santo.

O Salmo 130.8 diz “Ele remirá a Israel de todas as suas iniquidades”. Jesus é gerado pelo Espírito para libertar o povo de Deus dos pecados deles. Jesus nasceu por obra do Espírito Santo de Deus! Nascimento virginal, portanto.

Na concepção judia o Espírito Santo era quem trazia a verdade de Deus aos homens. Cria-se que o Espírito de Deus capacitava os homens a reconhecerem essa verdade quando a vissem. Inclusive relacionava o Espírito particularmente com a obra da criação. E, acima de tudo com a obra da recriação (Ezequiel 37.1-14 – Vale dos ossos secos).

No versículo 23 de Mateus do capítulo supracitado evidente está que Jesus é a imagem do Deus invisível. É o Emanuel – Deus conosco. Habitou entre nós, cheio de graça e verdade. Ao encarnar-se não era apenas homem para ser Rei, como também para ser Salvador.

O evangelista quer mostrar aos judeus que Jesus é o Messias. Ele veio ao mundo não por seu próprio interesse, mas sim por todos nós, os seres humanos, para a nossa salvação.

A vida é sublime quando Jesus nos ensina a olhá-la. Quando transforma a nossa mente e muda nosso coração vemos tudo de modo diferente, visto que, Jesus abre nossos olhos para que possamos ver de verdade.

Jesus nos possibilita ver Deus e capacita o homem a ser quem deveria. Ele é a virtude criadora que desceu aos homens. É o poder recriador que liberta as almas dos homens da morte causada pelo pecado. É o Salvador do mundo.

Pós-escrito: A narração do evangelista é que o Espírito Santo age no nascimento de Jesus de uma maneira sem precedentes. Nascido de mãe virgem por ação do Espírito.

Dentro da ação criadora de Deus existe algo que a biologia denomina de partenogênese que é o desenvolvimento de um ser vivo a partir de um óvulo não fecundado. Refere-se a um tipo de reprodução assexuada de animais em que o embrião se desenvolve de um óvulo sem ocorrência da fecundação. Alguns tipos de vermes, de insetos e uns poucos animais vertebrados, como certas espécies de peixes, de anfíbios, e de répteis, se reproduzem por partenogênese ou agamia. As abelhas são um desses seres vivos.

Variedade de línguas (1ª Coríntios 12.10)

O apóstolo Paulo em 1ª Coríntios 12.10 menciona ‘variedade de línguas’. Este dom espiritual não é concedido a todos os crentes, mas àqueles que são outorgados deve ser exercido visando o proveito comum. Isto porque todo legítimo carisma proveniente do Espírito tem o objetivo de edificar a igreja.

Dito isso, passo a analisar sucintamente a expressão que consta no original grego: ετέρω γένη γλωσσών. O primeiro vocábulo é ‘hetero’. Heteros significa diferente. Em Atos 2.4, o pronome empregado para ‘noutras’ [línguas] é ‘heterais’, isto é, diferentes das que eles estavam acostumados a falar. A segunda palavra é importantíssima para a compreensão do dom espiritual descrito por Paulo como ‘variedade de línguas’. ‘Genē’ (plural) – genos está associado sempre a parentes, prole, família, raça, tribo, nação. Pode significar a nacionalidade ou descendência de uma pessoa em particular. O último termo é ‘glosson’ (substantivo genitivo feminino plural). Glossa – significa língua como membro do corpo, órgão da fala; língua, idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferentes dos usados por outras nações.

Diante do exposto posso numa tradução livre definir ‘variedade de línguas’ como a capacidade de falar em várias e/ou diferentes línguas étnicas. Pelo menos é isto que o verso aludido diz, e desta maneira creio.

Orientações Hermenêuticas acerca do Antigo Testamento


O autor mencionado abaixo contribuiu bastante para o meu entendimento acerca do Primeiro Testamento. Ele como estudioso da área oferece dicas valiosas. Elas foram retiradas de sua obra. Fala tanto sobre o que fazer quanto aquilo que não deve ser feito. Espero com isso auxiliar o ledor contemporâneo.


a) Atentar para a situação histórica, pois é fundamental para a assimilação do teor textual.

b) É impossível interpretar um texto deslocado do seu lugar e do sentido histórico.

c) Não fragmentar o Antigo Testamento, mas vê-lo como todo.

d) A maior dificuldade que uma pessoa tem em compreender o Antigo Testamento é justamente a inadequada compreensão de sua literatura.

e) É preciso conhecer o estilo literário de cada autor do Antigo Testamento.


* Francisco, Clyde T. Introdução ao Velho Testamento. 5.ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1995.

Ps: As orientações aplicam-se perfeitamente também ao Novo Testamento. 

Atos 1.8 - Poder do Alto

Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.

Este versículo é bastante conhecido. Jesus havia dito aos seus discípulos que receberiam poder para ser testemunhas dele.
Alguns acham que esse poder é para mera exibição espiritual. Estes não compreenderam corretamente o que Jesus disse.
Outros exageram ao ponto de afirmar que a palavra ‘poder’ em grego significa um poder de dinamite. Realmente isso o autor não tinha em mente, visto que, a dinamite até então não tinha sido inventada.
Uma historieta: um crente argentino quando esteve no Brasil foi à determinada reunião cúltica. Nesta tinha muita agitação, movimentação, algaravia e bastante barulho. Ao término, perguntou a pessoa que o conduzira até aquele local o porquê de tanto estardalhaço. Como resposta ouviu que aquilo tudo era resultado do 'poder'. Ao que o ‘hermano’ acrescentou: só se for poder de destruir os tímpanos! Essa história real auxilia-nos a não confundir o genuíno poder divino com a capacidade do homem de produzir barulheira no culto. São coisas distintas.
Agora, tem uma ‘cosita’: Tem uns que alegam ter poder do alto, porém, não tem caráter! O poder espiritual dado por Cristo Jesus para ser sua testemunha não os isenta de manifestarem o fruto do Espírito. Portanto, tanto o poder quanto o caráter devem ser patentes nas testemunhas de Cristo.

Ps: Poder em grego é δυναμις, ou seja, dynamis – essa é a transliteração. É justamente a raiz das palavras ‘dinâmico’, ‘dinamite’, e ‘dínamo’, porém, como salientado a dinamite sequer existia, por isso certamente o autor sacro não tinha esse conceito.

Hermano = Palavra em espanhol que significa irmão, parceiro, companheiro.

Cosita – Palavra em espanhol que significa coisinha.

Reflexão: Espírito Santo

Falemos a verdade em amor. Jesus disse aos seus discípulos aguardarem em Jerusalém, visto que, seriam do alto revestidos de poder. Este é para serem testemunhas dele.
Os crentes hoje em dia precisam ir a Jerusalém para ser revestido de poder espiritual? Claro que não! Tampouco os crentes atualmente necessitam aguardar tal revestimento. Isto porque aqueles discípulos estavam numa situação histórica bem diferente da nossa. Eles já eram convertidos, salvos, portanto. Contudo, não tinham recebido o Espírito Santo nos moldes da Nova Aliança.
O Espírito Santo ainda não tinha sido dado, era preciso Jesus ser glorificado - que compreende a ressurreição e ascensão do Filho de Deus aos céus. Todavia, no dia de Pentecostes cumpriu-se, parcialmente, a profecia de Joel. O Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos. Outros desdobramentos do Pentecostes mostra que o Espírito de fato já veio sobre toda carne, já que alcançou além dos judeus, os samaritanos, gentios e prosélitos.  O mais formidável no dia de Pentecostes não foi os sinais visíveis e audíveis, mas sim, a democratização do Espírito Santo! Este veio de uma vez por todas, para sempre, habitar nos crentes. Infelizmente isso não tem recebido a atenção devida por parte de uns grupos religiosos. No entanto, está claro que a concessão do dom do Espírito Santo é para todo aquele que se arrepende e crê na pessoa bendita de Cristo Jesus, como Salvador e Senhor. Esta dádiva, isto é, o próprio Espírito Santo é dado no ato de conversão.