Os discípulos de Jesus Cristo, que vieram a ser designados pelo nome Batista, se caracterizavam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas eram por eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas não podiam ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições, eles estavam bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tinha todas as outras doutrinas que professavam. Mas sua exigência de batismo só de convertidos é que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, daí derivando a designação “batista” que muitos supõem ser uma forma simplificada de “anabatista”, “aquele que batiza de novo”.
A designação surgiu no século 17, mas aqueles discípulos de
Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos
séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escrituras,
repudiando, mesmo colocando em risco a própria vida, os acréscimos e corrupções
de origem humana.
Através dos tempos, os Batistas se têm notabilizado pela
defesa destes princípios:
1º) A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de
fé e conduta;
2º) O conceito de Igreja como sendo uma comunidade local
democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente
batizadas;
3º) A separação entre Igreja e Estado.
4º) A absoluta liberdade de consciência.
5º) A responsabilidade individual diante de Deus.
6º) A autenticidade e apostolicidade das Igrejas.
Os Batistas caracterizam-se também pela intensa e ativa
cooperação entre suas Igrejas. Não havendo nenhum poder que possa constranger a
Igreja local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de seu Santo
Espírito, os Batistas, baseados nesse princípio da cooperação voluntária das
Igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os
evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de educação teológica,
religiosa e secular; de ação social e de beneficência. Para a execução desses
fins, organizam Associações regionais e Convenções estaduais e nacionais, não
tendo estas, no entanto, autoridade sobre as Igrejas, devendo suas resoluções
ser entendidas como sugestões ou apelos.
Para os Batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações doutrinárias que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem posições. Cremos viver um momento assim no Brasil, quando uma declaração desse tipo deve ser formulada, com a exigência insubstituível de ser rigorosamente fundamentada na Palavra de Deus.
Fonte: www.convencaobatista.com.br
Observação: Paulatinamente colocarei nessa página os 19 artigos da referida declaração. Todavia, a íntegra encontra-se no site indicado.